Foi um sucesso a reunião de Organizações Florestais no RAIZ

A Forestis- Associação Florestal de Portugal promoveu uma reunião de Organizações Florestais, no RAIZ -Instituto de Investigação da Floresta e Papel, no passado dia 15 de novembro.
O responsável pela Inovação e Desenvolvimento Florestal da The Navigator Company, José Luís Carvalho focou as diferentes áreas de atividade do Raiz, realçando o papel do organismo na investigação e prestação de serviços e consultoria especializados, vincando o desenvolvimento de soluções inovadoras promotoras de uma nova bioeconomia.
Saliente-se que, a área de I&D e Consultoria Florestal do RAIZ desenvolve conhecimento científico e tecnologias state of the art aplicadas à genética e silvicultura do eucalipto.

Alexandre Gaspar e Susana Morais da The Navigator Company fizeram uma exposição técnica sobre várias temáticas e orientaram uma visita efetuada à Fábrica existente no Raiz, onde foi possível ver os diferentes projetos que estão na forja.

Quanto ao i-TEC Floresta foi criado para disponibilizar um leque de informações normalmente difícil de encontrar, disse Daniela Ferreira, coordenadora das áreas de consultadoria florestal e de I&D de Genética do Raiz.
A nova plataforma disponibiliza três menus principais: um geovisualizador (com a cartografia aplicada à gestão de eucaliptais); um geocatálogo (com a lista da cartografia disponível para descarregar em diferentes formatos); e geoferramentas de modelação, com vários simuladores úteis à gestão.

Durante a tarde teve lugar a apresentação dos programas operacionais para a floresta: Limpa e Aduba, Replantar, Recuperação de Ardidos e Melhor Floresta, pelo coordenador do Projeto Melhor Eucalipto da Biond, António Macedo.

No que concerne ao Programa Limpa e Aduba, o técnico florestal, André Ferreira lembrou que surge no âmbito do Melhor Eucalipto, promovido pela Biond e pelas suas associadas, com o propósito de implementar um programa operacional, traduzido em obra no terreno, através de apoio técnico e financeiro aos proprietários e produtores florestais, em áreas com boa aptidão para o eucalipto e maioritariamente em regiões de minifúndio.  Este programa contempla cerca de 84% da área nacional de eucalipto sob gestão não industrial.

Por sua vez, a investigadora do RAIZ, Catarina Gonçalves fez alusão às várias pragas e doenças, esclarecendo que em Portugal estão identificados 14 insetos australianos que se alimentam de eucaliptos e que a maioria foi introduzida nas duas últimas décadas.
Quanto à praga Traquimela, a investigadora esclareceu que se trata um inseto desfolhador do eucalipto, que tem um desenvolvimento rápido de cerca de cinco semanas, permitindo ter uma geração por ano. Esta praga alimenta-se preferencialmente de folhas adultas, de diversas espécies de eucalipto, tanto na fase adulta como larvar. Os seus estragos ocorrem na copa da árvore. No que se refere às ações mitigadoras para manutenção do povoamento é recomendado o controlo químico, que consiste na aplicação de um produto fitofarmacêutico específico autorizado para o controlo desta praga.

O evento organizado pela Forestis reuniu mais de três dezenas de técnicos da nossa rede e surgiu no âmbito do protocolo que celebramos com a The Navigator Company.